Jesus, o segundo Adão

Em Romanos 5.12-21, Jesus é considerado como o segundo Adão – uma comparação com o primeiro Adão. Todavia, ressalta-se que ambos não se encontram no mesmo nível: o pecado e a graça não se mantêm no mesmo nível como se fossem dois pratos da balança com os mesmos pesos. A lei de talião do Antigo Testamento (regra de compensação: “olho por olho, dente por dente”) não vale nesse contexto, mas a graça de Deus possui um glorioso e poderoso sobrepeso.

Deus se tornou homem em Jesus Cristo porque somente desse modo ele poderia morrer em lugar dos homens, para expiar nossos pecados e suplantar nosso abandono por parte de Deus (veja Hebreus 2.17; 4.15; Mateus 27.46). No entanto, ele pode nos salvar somente pelo fato de que é Deus e possui o poder para salvar. Assim, a salvação não vale somente para a expiação dos pecados de Adão (e suas consequências), mas para os pecados de todo o mundo: para pecados do passado, do presente e do futuro. Deus concede perdão para aquele – e somente para aquele – que vem a ele arrependido e pela fé. Quão gloriosa é a graça da salvação! Dessa graça pode viver aquele que viu suas forças se esgotarem e que vem ao Senhor à procura de auxílio.

Saber mais nada, só esquecer e de tudo fugir,
As dores e o ódio no álcool afogar.
Sem perspectiva, sem futuro ou para onde ir –
Ou alguém pode esperança dar?

Posso achegar-me a Jesus, imundo como estou?
Posso agarrar-me à sua mão salvadora?
Sim, dando-me um alvo e sentido, me aceitou
E ele nunca mais me abandona.

Jesus me vê agora, sabe o que me machuca,
Quer renovar minhas forças e esperança.
E eu vou para a luz. Ele não me condena
Mas sua mão amorosa me alcança

Lothar Gassmann

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