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Deus dos órfãos e das viúvas

Quando lemos que Deus cuida dos órfãos e das viúvas, entendemos o profundo significado disso?


Pai para os órfãos e defensor das viúvas é Deus... Deus dá um lar aos solitários...” (Salmo 68.5-6)

O que os órfãos e as viúvas têm em comum? Eles são abandonados, solitários, apátridas. Tais apátridas eram os israelitas no Egito. É sobre eles que fala o salmo 68. Sendo escravizados e atormentados num país estrangeiro, eles levavam uma vida miserável.

O Israel no Egito era semelhante a um órfão que havia perdido seus pais – será criado por um pai adotivo. Esse pai adotivo (o Egito) primeiramente mostrou-se bastante hospitaleiro (lembremos do relacionamento amistoso entre José e o faraó na época dos patriarcas). Aos poucos, no entanto, esse pai adotivo passou a explorar seu filho.

O Israel no Egito também era semelhante a uma viúva que perdeu o seu marido. Ela encontrou um novo marido que agora a oprime e maltrata: Os egípcios “os sujeitaram a cruel escravidão. Tornaram-lhes a vida amarga, impondo-lhes a árdua tarefa de preparar o barro e fazer tijolos, e executar todo tipo de trabalho agrícola; em tudo os egípcios os sujeitavam a cruel escravidão” (Êxodo 1.13-14).

“Os israelitas gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus. Ouviu Deus o lamento deles...” (Êxodo 2.23b-24). Deus ouve, Deus atende o clamor de seu povo órfão e enviuvado e se compadece. Ele tem uma habitação santa. Ele, o Pai, convida os órfãos. Ele, o Ajudador, convida as viúvas. Ele, o Senhor, convida Israel. Ele convida todos os solitários como a fonte do abrigo, da plenitude, da alegria, da verdadeira riqueza e vida. Ele é um Deus que leva para casa os solitários, os abandonados.

É muito triste quando se perde o cônjuge ou os pais, mas é ainda muito pior quando não se tem Deus como seu Pai e Jesus como seu irmão.

Deus também quer nos conduzir para casa. Tantas vezes estamos tão distantes dele! Quantas vezes ficamos girando ao redor de nós mesmos, parados no mesmo lugar como um pião, ao invés de ir na direção de Deus! Deus quer dar um fim a esse movimento circular e fazer dele um movimento direcionado. Não devemos ser piões, mas flechas: flechas que apontam para Deus (não para ferir, mas estendendo-se a ele com esperança), flechas que apontam para Deus para que outros também reconheçam a santa morada junto dele!

É muito triste quando se perde o cônjuge ou os pais, mas é ainda muito pior quando não se tem Deus como seu Pai e Jesus como seu irmão. Deus organizou uma morada preparada para nós, a qual ninguém consegue nos tirar – nem mesmo a morte. Em meio à efemeridade do mundo, Deus permanece como a rocha da solidez; em meio ao sofrimento, como o bálsamo de consolo; em meio à morte, como a fonte da vida. Encontrei, em muitas conferências sobre a fé, o lema “Apoiado em Deus: nunca abandonado”. Podemos nos considerar felizes se pudermos colocar isso não somente para este dia, mas sobre toda a nossa vida. Oremos:

Em ti, Senhor, o grande ou pequeno encontra abrigo.
O pardalzinho acha lugar para fazer o seu ninho.
Quem passa no vale árido será muito saciado
Se ele não abandonar, Senhor, o teu caminho.

Um dia em tua presença, ó Deus, é mais valioso
Do que mil dias longe do teu lugar o são.
Como é abençoado quem cumpre teu mandamento,
Senhor, tua graça afasta a privação.

Lothar Gassmann

 

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