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Familiaridade

O fiel Senhor Jesus se dirige amorosamente aos seus discípulos e lhes assegura sua amizade.


Vocês serão meus amigos...” (João 15.14).

... eu os tenho chamado de amigos...” (João 15.15).

Não existem tantos amigos como a areia no mar. Verdadeiros amigos são raros. Sejam amigos de escola, de férias, de prática de esportes ou da vida profissional – o “prazo de validade” muitas vezes é muito curto. No mais tardar, quando os interesses comuns foram gastos, a amizade também termina. O que resta então são apenas decepções. “Longe dos olhos, longe do coração.” Tudo acontece rapidamente. Mas esse comportamento não é demasiadamente humano?

Afinal, porque cultivamos uma amizade? Qual é a base da confiança? A maioria das amizades não se cria porque há a possibilidade de obter vantagens? Os motivos até podem ser louváveis. As amizades surgem devido às mais diversas razões. No entanto, porque a expectativa de ambos é muito elevada, surgem as desilusões. Todavia, como isso é diferente com o Senhor Jesus!

O fiel Senhor Jesus se dirige amorosamente aos seus discípulos e lhes assegura sua amizade. Na verdade, é algo incompreensível! O Rei dos reis e Senhor dos senhores se inclina até nós para nos recepcionar calorosamente como seus amigos. Que privilégio! O sangue de Jesus é a garantia para essa maravilhosa certeza! Você consegue compreender o significado dessa apreciação? No entanto, existe uma condição para isso. O Senhor Jesus disse: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno” (João 15.14). No entanto, alegro-me também com a sua íntima familiaridade, pois ele diz: “... eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês” (verso 15). Davi confirma isso no Salmo 25.14, com as palavras: “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem”. Que manifestação amorosa do Senhor Jesus para os seus amigos!

Todavia, não é correto se tratamos a esse Deus santo como um “amigo qualquer” e não dedicamos a ele o respeito e a honra devida. É doloroso quando cristãos se dirigem em oração ao Senhor ressurreto, simplesmente invocando-o como “Jesus”, sendo que um filho de Deus deveria se dirigir a ele pronunciando respeitosamente e com amor: “Senhor Jesus!”. Ele recebeu o título honorífico “Senhor” após sua ressurreição, como sinal de vitória sobre o pecado, a morte e o Diabo. Na verdade, somente com a pronúncia do maravilhoso nome “Senhor Jesus Cristo” é possível reconhecer a santa veneração que se demonstra a ele. Não é em vão que a Bíblia diz: “... ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser pelo Espírito Santo” (1Coríntios 12.3).

Para o inimigo é um horror quando os filhos de Deus se orgulham com esse nome. Por isso ele se esforça para não permitir que em nossa vida se veja algo da gloriosa vitória de nosso maravilhoso Senhor Jesus na cruz. Se apenas estivéssemos mais conscientes da dignidade com que somos enobrecidos por nosso Senhor quando nos chama de “seus amigos”! Nossas orações então não seriam feitas com mais fé e nosso coração não teria uma expectativa maior?

Como é consolador, apesar de todas as necessidades, dificuldades e tentações, ter a fidelidade do Senhor Jesus assegurada.

Nunca se esqueça disso: ele chama de amigos aos que lhe obedecem! E, quando nos chama de amigos, ele nos eleva para si diante do seu santo trono. Ele revela as maravilhas do seu glorioso plano de salvação conosco e com a Igreja através do mundo. Pelo fato de que nos considera seus amigos, a obediência de cada um de nós à sua Palavra deveria ser algo óbvio. Na condição de beneficiados com a graça, podemos olhar para o rosto simpático do Salvador e esperar pela sua volta com grande alegria. Como é consolador, apesar de todas as necessidades, dificuldades e tentações, ter a fidelidade do Senhor Jesus assegurada.

Amém. Vem, Senhor Jesus! — Manfred Paul

 

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