O perigo das comparações
“... Eliseu estava sofrendo da enfermidade da qual viria a morrer...” (2Reis 13.14)
Quando comparamos a vida de Eliseu com a de Elias, constatamos que Deus conduz cada um de seus servos e filhos de forma diferente. Elias, por exemplo, foi arrebatado. Ele não ficou velho nem frágil, enquanto Eliseu acabou morrendo por causa de uma doença. Vemos essa mesma variedade na vida nos heróis da fé listados em Hebreus 11. O verso 35, por exemplo, diz: “Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos”. Mas depois o mesmo verso continua dizendo que outros “foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição”.
Comparar-se ao próximo acaba nos causando problemas, e somos levados a questionar o Senhor: “Por que Fulano não precisa sofrer, e eu estou passando por essa dificuldade?”. O autor do salmo 73 quase foi derrotado por suas dúvidas quando viu que outros – inclusive descrentes – viviam muito bem, enquanto ele mesmo enfrentava tantos problemas.
A comparação é como uma faísca, e é aí que está o seu perigo.
A comparação é como uma faísca, e é aí que está o seu perigo. Quando Pedro começa a questionar se João também seria levado para onde não queria, como aconteceria com o próprio Pedro, Jesus o repreende com severidade. Em João 21.22 lemos sua resposta ao discípulo: “... o que você tem com isso? Quanto a você, siga-me”.
Deus lida de forma personalizada e direta com cada um de nós. Ter consciência disso é o que garante que seremos capazes de superar, com a ajuda do Senhor, os mais diversos obstáculos que se apresentarem no nosso caminho aqui na terra. Console-se com a certeza de que Jesus o conduz sempre da melhor forma e o que acontece com você é sempre para o seu bem, não importa como a vida dos outros se desenrola.
Ernesto Kraft
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