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O exemplo do amor cristão

Um exemplo de amor prático na distante China.


Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos.(Romanos 12.17)

Que o amor gerado por Deus é capaz de transpor profundos abismos de inimizade é relatado numa história proveniente da China. Um cristão, morador do sul da China, cultivava uma lavoura de arroz na encosta de uma elevação. Na China cultiva-se muito arroz, planta que necessita de bastante água para gerar uma boa produção. Na estação da seca o cristão bombeava a água da canaleta de irrigação para a sua lavoura, utilizando sua bomba artesanal. Abaixo da sua lavoura estavam duas lavouras de seu vizinho. Na divisa entre as duas propriedades havia uma trincheira.

Certa noite o vizinho fez uma abertura com uma pá na trincheira divisória – e a água escorreu a partir da lavoura do cristão para as lavouras do vizinho. Na manhã seguinte, quando o cristão veio para trabalhar em sua terra, ele levou um grande susto: “O que aconteceu aqui?”, ele se perguntou. Em seguida ele percebeu o acontecido – e foi tomado de uma tremenda ira. “Espera só, essa eu vou receber de volta”, ele murmurou. Todavia, logo lembrou de sua fé cristã, de paz e perdão. Ele respirou profundamente e tentou esquecer toda a questão. Talvez tenha sido apenas uma piada de mau gosto... No entanto, essa ilusão durou apenas um dia, pois a história se repetiu na manhã seguinte. Já não poderia mais ser apenas uma piada! O cristão decidiu primeiramente não falar com o vizinho. É lógico que ele “fervia” por dentro. Quando, no terceiro e no quarto dias, a trincheira foi novamente aberta, ele teve uma grande vontade de correr até o vizinho para enfrentá-lo. Uma voz interior, porém, o impediu. “Não faça isso! Fale antes com outros cristãos”, ela o aconselhou.

Sendo cristãos, podemos fazer mais do que aquilo que é certo. Pratiquemos o amor!

O primeiro contato que ele procurou foi com os presbíteros de sua igreja. Relatou-lhes o acontecido e concluiu: “Eu tentei ter paciência e não procurar me vingar. Mas isso é certo? Ele me considera um idiota!” – Os presbíteros ouviram, consternados. Depois eles oraram. Após a oração, um senhor bem idoso se levantou calmamente. Ele falou poucas palavras, mas essas palavras atingiram profundamente os corações de todos que estavam ali reunidos. “Se procurarmos fazer apenas o que é certo, somos pobres cristãos. Mas, sendo cristãos, podemos fazer mais do que aquilo que é certo. Pratiquemos o amor!”

Na manhã seguinte o cristão voltou para trabalhar em sua lavoura. Novamente havia acontecido o mesmo que nos dias anteriores. Agora, no entanto, ele fez algo inusitado. De manhã ele primeiramente irrigou as lavouras do seu vizinho inimigo. À tarde ele cuidou da sua própria lavoura.

À noite, quando o vizinho voltou para executar a sua tarefa maldosa, ele ficou totalmente estupefato. Ele se perguntou: “O que fez com que ele irrigasse minhas lavouras?”. O vizinho ficou tão curioso que foi procurar o cristão para se desculpar e prometer que nunca mais iria danificar a trincheira. Além disso, houve algo mais: ele se tornou sensível à fé que havia proporcionado tal demonstração de amor ao inimigo.

Oremos:

Senhor, quão grande é teu amor – ilimitado, mas tão perto!
Senhor, sou grato por teu amor – disponível para todos!

Teu amor não é um sopro, nem sentimento furtivo.
Ele é da vida a fonte, o sentido e o objetivo.

Teu amor é paciente. De ninguém há desvio.
Para salvar, repreende, mas suporta até zombaria e ódio.

Só pode crescer no amor quem a outros o transmite.
Ajuda-nos a seguir teu exemplo que ao próximo nos dirige.

Queremos de novo te amar, Senhor, por ti fomos amados,
pois maior será o amor se a ti formos totalmente dedicados.

Lothar Gassmann

 

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