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O Criador do tempo e do espaço

No Senhor tudo subsiste, e para ele um dia é como mil anos, e mil anos como um dia.


Para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia.” (2Pedro 3.8b)

Quais os conhecimentos mais recentes que destroem os limites do determinismo (a concepção de que tudo está rigidamente determinado e perceptível) na ciência? Um exemplo seria a teoria da relatividade de Einstein. A fórmula-base é: E=mc² (energia é igual a massa vezes a velocidade elevada ao quadrado). A consequência dessa teoria complicada e de difícil compreensão é que o tempo e o espaço não são mais fixados como dimensões categóricas absolutas, mas que existe uma relatividade entre o tempo e o espaço. O que significa isso?

Vejamos a ilustração do talvez conhecido exemplo dos trens numa estação. Se você estiver sentado num trem e o trem ao lado dá a partida, então temos a impressão de que você mesmo está se movimentando. Pelo menos até que o outro trem tenha saído completamente – então você notará subitamente que o seu trem ainda está parado na estação. Esse é um exemplo para a relatividade entre o espaço e o movimento: imaginamos que estamos nos movimentando, mas de fato estamos parados – ou também o contrário.

Também em relação ao tempo foi estabelecida a teoria de que ele não é uma constante absoluta, mas que se modifica no contexto com a massa e a velocidade, de modo que – em caso de alta velocidade (velocidade da luz ou superior à luz) – podem ocorrer inimagináveis alterações temporais.

A passagem de 2Pedro 3.8 descreve a majestade e grandiosidade atemporal de Deus, o Criador do tempo e do espaço.

Um exemplo para visualizar isso é descrito pelo físico Pascual Jordan: “Imaginemos uma nave espacial partindo da terra para o espaço numa velocidade descomunal, quase à velocidade da luz. Então poderá acontecer – desde que a velocidade seja suficientemente grande (isto é, 0,05 milésimos menor do que a velocidade da luz) – que a tripulação, após ter passado um ano no espaço, observe, ao voltar à Terra, que os relógios que haviam levado junto mediram o tempo justo de um ano, os mantimentos para esse ano foram consumidos e seus cabelos, conforme esperado, tornaram-se acinzentados proporcionalmente às extravagâncias ocorridas em um ano de viagem espacial. Chegando na Terra, no entanto, a tripulação fica com a impressão que a humanidade envelheceu 100 anos no mesmo período”.[1]

Imediatamente somos lembrados da passagem de 2Pedro 3.8, a qual descreve a majestade e grandiosidade atemporal de Deus, o Criador do tempo e do espaço: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia”. E em relação ao espaço, lemos, por exemplo, em Colossenses 1.17 que “nele tudo subsiste”. Diante da grandiosidade de Deus, os limites do espaço e do tempo não são nada.

As árvores aplaudem. Rios e oceanos rugem agitados.
Céus, Terra e Cosmo com o poder de Deus são preenchidos.
Louvem com som de trombetas! Louvem ao Senhor com harpas!
Tragam, para o louvor da Criação, novas harmonias!
Deus virá para o Juízo. Todo mundo então o verá.
Grande júbilo dos redimidos ao Senhor se erguerá.

1. Pascual Jordan, Die Physik des 20. Jahrhunderts: Einführung in den Gedankeninhalt der modernen Physik, 7. ed. (Berlim: Springer-Verlag, 2013), p. 41.

Lothar Gassmann

 

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