A sentença do Filho de Deus

“Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.” (Hebreus 4.15)

Em seu livro Leid: Warum lässt Gott das zu? [Sofrimento. Por que Deus o permite?], o jornalista Peter Hahne relata sobre um julgamento fictício: no fim dos tempos, a humanidade sofrida resolveu acusar a Deus por ele ter uma boa vida no “lindo céu”, enquanto na terra há guerras, catástrofes e muitas outras formas de sofrimento. E Deus recebeu a seguinte “sentença” das pessoas: (1) ele deveria vir ao mundo sendo judeu, pois os judeus foram terrivelmente perseguidos; (2) deveria nascer como filho ilegítimo, pois tais crianças e suas mães sofrem frequentemente com desonras e com outras necessidades; (3) deveria ser traído por seus amigos mais íntimos e sobrecarregado com falsas acusações de seus inimigos; e, por fim, (4) deveria ser horrivelmente zombada, torturado e morto. Ele deveria passar pelos mesmos tipos de sofrimento que as pessoas sofrem. Com grande euforia, a multidão gritou a sua sentença.

Subitamente, porém, houve completo silêncio. Surge um murmúrio entre as pessoas. Alguns vão embora do local, consternados. Um após o outro constatou, de repente, que Deus não havia permanecido em seu “lindo céu”, mas que já havia tomado sobre si todos esses sofrimentos – por meio de seu Filho Jesus Cristo, o qual veio a este mundo como Cordeiro sacrificial inocente e que foi martirizado por causa de nossa culpa, passando pelo vale do sofrimento para nos livrar do pecado, da morte e do Diabo e para nos presentear com a vida eterna.

Olhem a cruz em que Jesus, o Senhor, estava:
Símbolo de maldição, aflição e vergonha.
Todo o nosso fardo e todo o pecado,
por Jesus, à morte na cruz foi levado.

Com feridas de sangue, por nós causada situação,
por amor a nós o juízo ele enfrentou.
No sepulcro ele desceu à escuridão,
mas essa escuridão não ganhou.

Olhem a cruz em que Jesus, o Senhor, estava:
Símbolo de maldição, vergonha e aflição.
Mas para aquele que em Jesus confia,
é o sinal de Deus para a salvação.

Lothar Gassmann

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