Palavras que curam
As palavras ditas por um filho de Deus, que vive em comunhão ininterrupta com o Senhor Jesus, procedem da “farmácia de Deus”.
“Pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.34).
A batida com o punho na mesa foi tão forte que as xícaras sacudiram! Após respirar fundo, continuou: “Ouça bem o que eu vou dizer a você agora!”. Segue uma enxurrada de palavras que se assemelham a estocadas de faca. Totalmente descontrolado, rosto pálido, a língua transforma-se num punhal. E então? Silêncio total! Não se conversa mais um com o outro. Houve uma ruptura e agora não se consegue encontrar um meio de reaproximação. Cada um silencia diante do outro. O ambiente é tenso no casamento, na família. E os filhos? Saem, fogem, para longe, para um lugar qualquer! Assim os perdemos para o mundo!
E na igreja? Ali as vigas estão rangendo já há muitos anos. Ali vemos o “lobo disfarçado de ovelha” se misturando de modo aparentemente piedoso entre os despreocupados filhos de Deus e distribuindo suas máscaras. Os sorrisos forçados procuram desesperadamente ocultar a antipatia. Canta-se hinos que falam do amor de Deus. Reunidos, ouve-se os sermões e se julga, condena, critica e se comemora em conjunto a Ceia do Senhor, se auto justificando.
Quão lastimável é esse teatro apresentado diante de Deus e do mundo! Você tem noção do que de fato está fazendo? Você não tem pleno conhecimento de que toda a legião de anjos está assistindo? Que o céu esfrega os seus olhos e fica chocado com o procedimento mútuo dos filhos de Deus, vendo-os se morderem, se devorarem e tratarem mutuamente sem qualquer consideração? Que testemunho deplorável para esse Senhor Jesus, que deu sua vida em nosso lugar! Foi ele quem disse: “Um novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13.34-35).
As palavras ditas por um filho de Deus, que vive em comunhão ininterrupta com o Senhor Jesus, procedem da “farmácia de Deus”. Elas curam, edificam, fazem bem, consolam e incentivam. Elas também exortam quando for necessário – e isso amorosamente e com dignidade. Palavras que são expressas debaixo do controle de Deus sempre são um alívio e refrigério, porque são palavras da graça.
O que preenche nosso coração? Não é indiferente o que temos de conteúdo e substância em nosso coração. Como seria possível jorrar água amarga e doce da mesma fonte? A verdade é que recebemos graça sobre graça da sua plenitude (ver João 1.16). Deus não nos presenteou com vida superabundante? Nós todos desfrutamos da misericórdia e bondade de Deus, mas não estamos dispostos a compartilhá-la generosamente com os outros. Quantas vezes, apesar de nossos pecados e falhas, Deus nos exortou, confortou e incentivou amorosamente! Por que razão, então, às vezes somos tão orgulhosos e cruéis e humilhamos os outros com palavras ofensivas?
Querido(a) filho(a) de Deus, você foi chamado(a) para transmitir aos outros aquilo que você recebeu de seu Senhor. O Senhor Jesus deu uma língua de discípulo também a você, para que possa reconhecer o cansado e dar a ele uma palavra de conforto (ver Isaías 50.4). Peça ao Senhor Jesus que conceda a você uma bondade crescente, pois somente assim você será um digno mensageiro das Boas Novas. “Palavras bondosas são como mel: doces para a alma e saudáveis para o corpo” (Provérbios 16.24 – NVT). A alegria genuína provém do relacionamento com o Senhor Jesus e proporciona melhoras, mas o espírito oprimido resseca os ossos (ver Provérbios 17.22).
Por isso, declare guerra ao inimigo do seu coração. Ele não pode usar as câmaras de sua alma para outras finalidades. Afinal, você é propriedade de Jesus. Não se junte àqueles que causam feridas, mas àqueles que unem corações. Seja um(a) filho(a) de Deus que coloca uma atadura curadora e benéfica no local dolorido e que não aplica sal na ferida. Imagine a qualificação que é dada a quem solta amarras, desata nós, conduz à liberdade em Cristo, quebra o jugo, alimenta o faminto e proporciona abrigo ao estrangeiro e ao coração desamparado. A promessa de Deus é: “Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou” (Isaías 58.8-9).
Que o Senhor Jesus o abençoe com grande alegria na fé e com novo ânimo. A sua recompensa eterna está assegurada! — Manfred Paul
Realizamos a obra com poucos recursos e precisamos do seu apoio para mantê-lo e expandi-lo. Ajude-nos a alcançar mais pessoas com a Palavra de Deus!
Faça uma doação para o Ministério Chamada