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No brilho da sua glória

No céu poderemos admirar a graça de Deus e louvar o seu amor eterno, pois, por meio do precioso sangue de nosso Salvador, todos poderemos contemplar sua glória.


... então, conhecerei plenamente, da mesma forma com que sou plenamente conhecido” (1Coríntios 13.12).

Saudades de casa. Longe de tudo que um dia nos era tão familiar e valioso.

Sentir saudades é algo cruel. Principalmente quando a dor não quer passar, porque a situação definitivamente não pode ser modificada. Quando, por exemplo, se está ao lado da sepultura de uma pessoa querida, despedindo-se dela.

Somos justificados pelo sangue do Cordeiro.

Sim, a partida de uma pessoa amada então funciona como um ímã que atrai com força “para cima”. Não é algo compreensível, então, quando filhos de Deus se alegram pela possibilidade de um reencontro no céu? Na verdade, lembramo-nos muito pouco da nossa futura pátria, da glória celestial. Não nos lembramos das fabulosas moradas e de tudo que o Senhor Jesus preparou para nós no lar paterno.

Mas, cuidado! O inimigo não suporta quando filhos de Deus se alegram pelo seu lar no céu. Ele desde sempre foi um acusador enviado, um mestre em outdoors. Ele desenha imensas preocupações, dúvidas e medos nos painéis. Sutilmente ele tenta reapresentar culpas e outras tantas falhas que já foram perdoadas há tempo. No entanto, nós somos justificados pelo sangue do Cordeiro. É um escândalo que os filhos de Deus constantemente são desviados pelo inimigo e levados a apertos extremos, enquanto nosso amado Senhor Jesus espera ansiosamente pelo momento em que ele finalmente possa nos receber em seus braços. E muitos fazem a pergunta: “Será que nos reconheceremos novamente no céu?”. A Palavra de Deus nos dá indicações acertadas de que realmente será assim. Leia João 20.19-29 e 1João 1.1.

A alegria do reencontro dos discípulos, após a ressurreição do seu Senhor, foi algo tremendo. Eles o reconheceram como seu amado Senhor. Sua aparência não mudou. Apareciam os sinais que lhe foram acrescentados durante a crucificação. Sim, era o seu Rabi, seu Mestre e Senhor. Eles o reconheceram pelo seu modo incomparável de agir, sua inconfundível voz, sua amorosa dedicação. Junto aos desanimados discípulos de Emaús, ele não foi reconhecido até o momento em que o Senhor Jesus lhes abriu os olhos enquanto partia o pão e se revelou a eles. (Por favor, leia o encontro dos discípulos de Emaús com seu Senhor ressurreto, em Lucas 24.13-35.)

O reconhecimento, o reencontro na glória de Deus – que alegria será para os filhos de Deus! “... então, conhecerei plenamente, da mesma forma com que sou plenamente conhecido” (1Coríntios 13.12).

Em minhas viagens, justamente rever filhos de Deus é uma surpresa que alegra e fortalece a fé. E, se já aqui na terra a alegria de rever e de reencontrar é tão grande, imagine como ela será no céu? E esse reconhecimento será tão ilimitado que supera de longe a nossa imaginação. Nós até “reconheceremos” aqueles que nunca conhecemos aqui na terra. Que reconhecimento divino será esse! Haverá dimensões eternas se abrindo para nós que farão desaparecer toda e qualquer barreira e nebulosidade. No céu haverá alegria sem limites. Não fosse assim, o apóstolo Paulo escreveria em 1Tessalonicenses 2.19: “Pois quem é a nossa esperança, alegria ou coroa em que nos gloriamos perante o Senhor Jesus na sua vinda? Não são vocês?”.

Outra razão para esse reconhecimento ilimitado vemos no monte da transfiguração, em Mateus 17.4. Ali Pedro teve a capacidade de reconhecer Moisés e Elias, mesmo sem que os tenha visto anteriormente. Também o homem rico no Hades reconheceu Abraão (Lucas 16.23) mesmo nunca tendo encontrado ele antes.

Lembre-se: o melhor ainda virá!

No céu poderemos admirar a graça de Deus e louvar o seu amor eterno, pois, por meio do precioso sangue de nosso Salvador, todos poderemos contemplar sua glória. O Senhor Jesus entre os seus amados. Ele, o vencedor do Gólgota, que triunfou, o eterno detentor do poder, nosso maravilhoso Senhor. Então os anjos darão lugar, quando seus amados se reunirem a se ajoelharem ao redor do Trono, para adorar ao Pai de toda a glória e seu Filho amado. Imagine a cena mais linda possível! Será ainda mais gloriosa, mais maravilhosa, pois está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Coríntios 2.9). Diante disso, nosso coração não já se rejubila aqui na terra? Contemplar o Senhor será a recompensa por tudo! Que fantástica perspectiva para o futuro!

De fato, não podemos causar mal-estar maior ao nosso amado Senhor Jesus do que considerar essa terra passageira como nossa pátria. Como se tivéssemos mais interesse em qualquer coisa desse mundo do que por ele. Lembre-se: o melhor ainda virá! Mesmo que você agora precise andar em caminhos solitários e esteja com fardos oprimindo seus ombros, permaneça fiel ao Senhor Jesus! Mantenha-se firme à sua eterna Palavra! Conte mais com a sua graça e presença! Não esqueça: há uma gloriosa recompensa aguardando por você, se você amou de coração e serviu fielmente ao seu Senhor. — Manfred Paul

 

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